As aventuras de Hans Staden
Capítulos 5 e 6
05 – Reconhecimento da terra
Quando a menina voltou, Dona Benta prosseguiu pausadamente:
– Depois de alguma espera, começou a soprar bom vento. O navio deixou a angra, a fim de procurar o porto de Santa Catarina. Velejou para lá, mas o dia estava tão encoberto que não foi possível encontrar esse porto.
Na manhã seguinte, enquanto os marinheiros rezavam a primeira oração do dia, formou-se uma tempestade. A escuridão ficou de breu. O piloto não sabia o que fazer, atrapalhado como se achava com as muitas ilhas ali existentes. Afinal enveredou ao acaso por detrás duma delas a fim de abrigar o navio. Foi feliz. Deu num porto excelente do qual pôde lançar âncora.
Em seguida os marinheiros tomaram um bote e saíram a fazer um reconhecimento.
Subiram por um canal, inspecionando as margens, a ver se descobriam alguma fumaça, indício certo de humanidade.
Como a noite estivesse chegando, o capitão resolveu desembarcar numa ilhota próxima. Os marinheiros fizeram fogo para o jantar, que se compôs de palmitos cortados ali mesmo. Depois dormiram sossegados. Continue lendo “Monteiro Lobato”