O Poço do Visconde
Capítulos 17 e 18 (último)
17 – A grande festa
Meses depois, na cidade do Tucano Amarelo, só se falava duma coisa: o Poço Quindim n.° 1 que a Companhia Donabentense acabava de abrir no velho sítio de Nhá Veva, vendido a Dona Benta por 50 mil cruzeiros. Que poço magnífico! Aos 800 metros os perfuradores atingiram o horizonte petrolífero comum a toda a zona; mas, por sugestão do Visconde, Mister Kalamazoo não fez caso e tocou para diante.
– Estou desconfiado que abaixo desse horizonte existe outro muito mais importante, dissera ele – e Dona Benta deu ordem ao americano para seguir a idéia do sabuguinho. E o fato foi que a 1.200 metros a perfuração deu num acúmulo de petróleo muitíssimo mais potente. O poço jorrou com 10 mil barris e foi minguando até estabilizar-se numa produção de 7 mil barris por dia. Continue lendo “Monteiro Lobato”