BUMBA-BUMBA.
Nota: Este texto se compõe de duas partes. A primeira peça, Bumba-meu-, foi apresentada em Curitiba, pelo Grupo É Hoje, em 1983.
Primeira parte: Bumba-meu-
MESTRE:
Boa tarde, senhores,
Boa tarde, senhoras,
A todos presentes
Digo que são horas
Da nossa chegança.
E sem mais tardança
Vamos começar.
O bumba-meu-boi
Vai se apresentar.
Eu sou o Capitão
Boca Mole chamado.
Este moço aqui
É um capataz.
Sujeito decente,
Ótimo rapaz.
Pois bem, meus amigos,
Agora é a hora
De entrar nossa banda!
Entre a sarabanda
Tocando a ciranda!
É o Boca quem manda!
(entram e tocam; entra também o Jornalista que, durante toda a encenação, passará de vez em quando no meio dos atores, fotografando com flash e anotando o que se dirá a seu tempo)
Atenção, senhores,
Muita atenção!
Chegamos enfim
Ao grande momento
De encantamento!
Mas eu também digo
Que é hora de perigo!
Vamos receber
O Boi, nosso amigo!
(entra o Boi e as Pastoreiras; todos dançam e cantam)
TODOS:
Boi, boi, boi, boi,
Entra sem acanhamento.
Boi, boi, boi, boi,
Dança sem ressentimento.
Boi, boi, boi, boi,
Eu te dou consentimento.
Boi, boi, boi, boi,
Manso e sem atrevimento.
Boi, boi, boi, boi,
De grande merecimento.
Boi, boi, boi, boi,
Respeita o alinhamento.
Boi, boi, boi, boi,
Lembra do regulamento.
Boi, boi, boi, boi,
É hora de divertimento
JORNALISTA:
A entrada do Boi é um espetáculo triunfal, um dos momentos mais encantadores nesta nossa festa folclórica.
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