Indice: Canções do Protesto Inútil

canção 08. samba-enredo etc.

A ditadura da imoralidade 03: SAMBA ENREDO, CANTADO PELA MAIOR ESCOLA-DE-SAMBA DO MUNDO, 200 MILHÕES, NUM DESFILE QUE DURA O…

canção 14. zoologia

A ditadura da imoralidade 06: ZOOLOGIA Meu papagaio foi-se embora pra Brasília, abandonou a família, foi morar na capital. Mandaram…

canções 15, 16, 17.

Canções diversas 02, 03, 04. Nota: Em 1976, imaginei uma pecinha de teatro em que houvesse um velho rei, uma…

canção 18. ai de nós

A ditadura da imoralidade 05: AI DE NÓS! “O entreguismo não se dá apenas com a entrega de estatais, a…

canção 22. o país de cocanha

A ditadura da burrice 11: O PAÍS DE COCANHAPaís de Cocanha, palcos deslumbrantes,E luzes, matizes, e um som de quermesse.Imagens…

canção 23. coro das criancinhas…

Canções Diversas 07: CORO DAS CRIANCINHAS DO GUIA (*).(Ele)Um pouco reumático,Às vezes, asmático,Com problema hepático,Mas sempre simpático. Ando fatigado,Não tenho…

canção 24. pequena ode…

A ditadura da burrice 12: PEQUENA ODE AOS DONOS DO PODER Nota: Com estes versinhos, termino a categoria Canções do…

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pombinha branca

Canções diversas, 14: POMBINHA BRANCA


Pombinha branca
fuja do laço
do caçador.
Que eu também quero
fugir do abraço
do meu amor.

Seu beijo arrebata
e mata de paixão.
Amor que mata
eu não quero, não.
Amor que mata
eu não quero, não.

Você tem asas
e, no perigo,
pode voar.
Mas eu não tenho
e por castigo
vivo a chorar.

O olhar dele maltrata,
dá um nó no coração.
Amor que mata
eu não quero, não.
Amor que mata
eu não quero, não.

Campo Largo, 06.2008.

(canta Carmen Ziege)
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até quando?

A ditadura da burrice, 13: ATÉ QUANDO?

A vida é dura
E fez-se noite escura;
A luz foi presa
No gatilho
Do forte.
A espada fura,
E leva à sepultura;
Canta a tristeza
O estribilho
Da morte.

São os donos do medo.
Os donos do enredo.
Os donos do degredo.
Do brinquedo.
Do arremedo.

Tanto deserto,
E o fim voando perto;
Aranhas tecem
A teia
Abominável.
O fado incerto
Ameaça em céu coberto.
Flores fenecem
Na areia
Inexorável.

Donos da engrenagem.
Donos da arbitragem.
Donos da pilantragem.
Da vadiagem.
Da voragem.

A rua é triste.
Na esquina a lança em riste.
Os cães farejam
O filho
Desgarrado.
O tempo assiste,
O desacato insiste.
Sombras planejam
O exílio
Insuportado.

Os donos da galera.
Donos da primavera.
Os donos da esfera.
Da espera.
Da quimera. 

Curitiba, 11.10.1977
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